20/08/2013 19:19

Depois de intervenções do Banco Central, dólar fecha com queda pela primeira vez em 11 dias

Depois da intervenção do Banco Central (BC), que promoveu três leilões de venda de dólares no mercado futuro, a moeda norte-americana fechou abaixo de R$ 2,40, em queda pela primeira vez em 11 dias. O dólar comercial fechou esta terça-feira (20) vendido a R$ 2,3941, com queda de 0,90%.

A última vez que o câmbio tinha fechado com queda tinha sido no último dia 9. Naquele dia, o dólar comercial fechou a sessão cotado a R$ 2,2740. Com o resultado de hoje, a alta acumulada do dólar caiu para 4,89% em agosto e para 16,90% em 2013.

Hoje de manhã, o BC vendeu US$ 993,4 milhões num leilão de swap cambial, que equivale à venda de dólares no mercado futuro e rolou (renovou) US$ 986,3 milhões em contratos de swap que venceriam em 2 de setembro. A autoridade monetária também promoveu um leilão de linha – venda com compromisso de recompra futura – de até US$ 4 bilhões, mas o resultado da operação só será divulgado quinta-feira (22).

Desde o fim de maio, o mercado financeiro global enfrenta turbulências devido à perspectiva de que o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, reduza os estímulos monetários para a maior economia do planeta. O Fed poderá aumentar os juros e diminuir as injeções de dólares na economia global, caso o emprego e a produção nos Estados Unidos mantenham o ritmo de crescimento e afastem os sinais da crise econômica iniciada há cinco anos.

A instabilidade piorou depois de Ben Bernanke, presidente do Fed, ter declarado, em 19 de junho, que a instituição pode diminuir a compra de ativos até o fim do ano, caso a economia americana continue a se recuperar. Se a ajuda diminuir, o volume de dólares em circulação cai, aumentando o preço da moeda em todo o mundo.

Nos últimos meses, o governo brasileiro tem adotado medidas para conter a valorização do dólar. Além de vender a moeda no mercado futuro, o Banco Central retirou parte do compulsório sobre as apostas de que o dólar vai cair e eliminou restrições de prazos para que os exportadores financiem antecipações de pagamentos.

A equipe econômica também retirou barreiras à entrada de capitais estrangeiros no país. O Ministério da Fazenda zerou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para os estrangeiros que aplicam em renda fixa no Brasil. Desde outubro de 2010, a alíquota em vigor era 6%. A venda de moeda estrangeira no mercado futuro também ficou isenta de IOF.

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