Greve paralisa 100% dos metalúrgicos da Gerdau em Divinópolis
Empresa traz funcionários de Betim e Santa Luzia para manter a produção
Assembleia dos metalúrgicos da Gerdau na manhã desta sexta-feira (4) decidiu pela continuidade da greve
Cerca de 800 metalúrgicos, que compõem o quadro de trabalhadores responsáveis pela produção da Siderúrgica Gerdau em Divinópolis, estão de braços cruzados desde a última segunda-feira. A categoria decidiu paralisar as atividades em greve por tempo indeterminado, reivindicando aumento salarial e melhores condições de trabalho. Oficialmente, até agora, a empresa não se pronunciou sobre o movimento e o Sindicato dos Metalúrgicos garante que o retorno ao trabalho somente ocorrerá após o atendimento das reivindicações da classe.
Na manhã desta sexta-feira (4) foi realizada assembleia dos trabalhadores, com a participação de cerca de 350 metalúrgicos, que decidiram continuar com o movimento grevista. A novidade durante a assembleia foi a presença do professor universitário Léo Santos, um dos líderes do movimento Vem Pra Rua, que em junho realizou diversas manifestações em Divinópolis. O professor também está entre as lideranças do Fórum Pró-Hospital São João de Deus, que luta pela sobrevivência da maior instituição hospitalar da região Centro-Oeste. Léo Santos esteve no local a convite do Sindicato dos Metalúrgicos.
Através de sua conta em uma rede social, o professor relatou que centenas de trabalhadores estavam do lado de fora da Gerdau no início da manhã. Léo Santos fez uma severa crítica à Gerdau: “Uma empresa multinacional que explora a mão-de-obra em países emergentes, essa situação empobrece a região e concentra o capital em países já desenvolvidos”, escreveu Léo Santos no Facebook.
Metalúrgicos em greve realizaram piquetes hoje pela manhã na entrada de trabalho da Gerdau
Para manter a produção, a Gerdau está trazendo metalúrgicos de outras unidades da empresa, como Betim e Santa Luzia. Entretanto, informações dão conta de que mesmo com a “importação” de trabalhadores de outras unidades, a produção da unidade local da Gerdau está hoje abaixo de 40% de sua capacidade. A última grande greve dos trabalhadores da Gerdau em Divinópolis, aconteceu em1988.
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