Próxima etapa de obras da UPA/Ponte Funda custará mais de R$ 460 mil
No dia 5 de junho, manifestantes ocuparam a UPA/Ponte Funda pedindo a finalização da obra
A Unidade de Pronto Atendimento 24 horas da região Sudeste – UPA/Ponte Funda, é o exemplo clássico da utilização das poucas obras realizadas pela administração do prefeito Vladimir Azevedo (PSDB) como palanque de campanha política. A Unidade foi anunciada em outubro de 2009, com promessa de inauguração em março de 2010, ano em que foram renovadas a Câmara Federal e assembleias legislativas. O anúncio de inauguração para 2010, não passou de uma artimanha eleitoreira, com o objetivo de eleger o então deputado estadual Domingos Sávio (PSDB) à Câmara Federal.
Em 2012, mais uma vez a UPA foi usada como palanque político, quando o governo do município, às vésperas da eleição que reconduziu o prefeito Vladimir Azevedo ao cargo, armou uma falsa inauguração, para turbinar a campanha do tucano. Uma cara festa, com foguetório, shows caríssimos e estrutura de alta qualidade, foi realizada na Rua Bom Sucesso, porém a inauguração não passou de palanque para o prefeito e seus aliados, já que unidade estava inacabada e não havia nem mesmo previsão de continuidade das obras.
Quatro anos depois de anunciada sua entrega à população, a UPA/Ponte Funda continua inacabada e não se tem previsão de seu funcionamento. Foi preciso a voz das ruas entrar em ação para que o prefeito Vladimir Azevedo saísse da inércia que toma conta de sua gestão e adotasse medidas práticas para que a UPA/Ponte Funda seja, de fato, colocada em atividade. Esse ano o movimento Vem Pra Rua comprou a bandeira pelo funcionamento da unidade e no dia 5 de junho mais de cem manifestantes ocuparam a área onde a UPA está sendo construída, pedindo a finalização das obras. Somente após o ato, o prefeito anunciou que adotaria medidas concretas para finalizar a construção do prédio.
Há dois meses, a Prefeitura realizou uma tomada de preços para contratação de empresa para dar continuidade às obras, porém a licitação foi cancelada, pois a única a apresentar proposta, a empreiteira Ribeiro Alvim, foi desclassificada. Finalmente, no último dia 1º, foram abertas as propostas da segunda tomada de preços, sendo contratada a Construtora Engebrum, que vai realizar serviços de demolições, remoções, trabalhos em terra, compactação, alvenaria, divisórias, muros revestimentos, pisos, esquadrias, pintura, drenagem, bases e pavimentos, entre outras obras de infraestrutura, que poderão finalmente deixar a Unidade de fato pronta para iniciar seu funcionamento. Como se vê, pelo enorme volume de serviço a ser realizado, a UPA está muito longe de ser totalmente concluída, comprovando a má-fé do prefeito ao fazer a falsa inauguração do ano passado.
Essa etapa das obras, que poderão significar a conclusão definitiva da unidade, custará aos cofres públicos R$ 462.487,43 e não se pode afirmar com segurança a data em que a UPA estará finalmente cumprindo sua real função, que é atender ao cidadão. O prazo previsto para a conclusão desta etapa de obras é de três meses. Caso esse prazo seja respeitado, a construtora entregará a Unidade em fevereiro do ano que vem. Após a conclusão, a UPA deverá ser dotada de equipamentos, que já estão sendo adquiridos, e precisará de mão-de-obra, ou seja, médicos de diversas especialidades, além de enfermeiros e pessoal de apoio. Como a contratação de médicos tem sido um problema para a Prefeitura, em função dos baixos salários pagos pelo município, esta será mais uma etapa de difícil solução.
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